Tarô
O Tarô é um sistema simbólico composto por 78 cartas, que reúne quase seis séculos de história documentada. Surgido no norte da Itália no século XV, inicialmente como jogo de cartas, o Tarô passou por múltiplas transformações e foi consagrado como destaque nas práticas esotéricas, místicas e de autoconhecimento.
As cartas de Tarô
Segundo a tradição da escola iniciática Golden Dawn e o exame rigoroso de Robert Wang no livro The Qabalistic Tarot: A Textbook of Mystical Philosophy, p Tarô é um sistema esotérico profundamente enraizado no simbolismo cabalístico, astrológico e alquímico, estruturado como instrumento de autoconhecimento e iniciação espiritual.
Cada carta apresenta imagens e símbolos que abordam aspectos fundamentais das leis ocultas que regem tanto o cosmos como a experiência humana, servindo como ferramenta para reflexão, orientação espiritual e exploração do inconsciente. Mais que um simples baralho, ele forma um mapa da alma humana.
A Composição e a estrutura das cartas de Tarô
O Tarô é um baralho composto por 78 cartas que se dividem em dois grupos principais: os Arcanos Maiores com 22 cartas e os Arcanos Menores com 56 cartas. Cada uma dessas cartas contém uma imagem com um simbolismo oculto e uma lição espiritual que reflete os mistérios da alma e do universo.
Os 22 Arcanos Maiores do Tarô formam um conjunto de imagens arquetípicas que expressam os grandes princípios espirituais e as etapas essenciais do desenvolvimento da consciência. Cada carta atua como um portal simbólico, conectando o consulente às forças divinas e aos mistérios da Árvore da Vida da Cabala.
Dentre as 56 cartas dos Arcanos Menores encontram-se 16 Cartas da Corte, expressões arquetípicas das diferentes facetas da personalidade humana que podemos manifestar em variados estágios de maturidade e consciência. Elas refletem a experiência do cotidiano, onde as grandes forças espirituais se manifestam nos atos, pensamentos, emoções e decisões de cada dia. Além delas, há 40 cartas numeradas distribuídas em quatro naipes (Copas, Ouros, Espadas e Paus), cada uma com dez cartas que refletem situações, experiências e desafios do cotidiano sob a perspectiva simbólica dos elementos da natureza.
Em conjunto, a interação entre Arcanos Maiores e Menores revela o entrelaçamento do macrocosmo e do microcosmo — a jornada da alma refletida em cada gesto humano, unindo introspecção espiritual e experiência terrena.
História e relação com a Cabala
O Tarô tem suas origens conhecidas no século XV, época em que era utilizado como jogo entre as elites da Europa. Entretanto, o simbolismo que permeia os Arcanos remonta a tradições egípcias, judaicas e greco-romanas, sintetizadas na Idade Média e Renascença. No final do século XIX, membros da Hermetic Order of the Golden Dawn — como S.L. MacGregor Mathers, W.B. Yeats e Aleister Crowley — criaram correspondências entre os 22 Arcanos Maiores do Tarô e os 22 caminhos da Árvore da Vida cabalística, associando também cada carta a uma letra hebraica, um signo astrológico, um elemento e um princípio arquetípico.
Robert Wang, em seu livro, estabelece o Tarô como mapa visual e dinâmico da experiência espiritual do indivíduo, onde cada Arcano serve de porta para estados elevados de consciência, em harmonia com a estrutura mística da Cabala, Astrologia e Alquimia. Ele reforça que o Tarô, sob lentes cabalísticas, deve ser entendido não apenas como instrumento divinatório, mas sim como percurso iniciático de autotransformação e integração do ser, onde cada carta representa processos conscientes e inconscientes de evolução.
Conheça as cartas de Tarô
Prática moderna: terapia, reflexão e livre-arbítrio
O Tarô é um baralho composto por 78 cartas que se dividem em dois grupos principais: os 22 Arcanos Maiores e os 56 Arcanos Menores. Cada uma dessas cartas contém uma imagem com um simbolismo oculto e uma lição espiritual que reflete os mistérios da alma e do universo.
Os 22 Arcanos Maiores do Tarô formam um conjunto de imagens arquetípicas que expressam os grandes princípios espirituais e as etapas essenciais do desenvolvimento da consciência. Cada carta atua como um portal simbólico, conectando o consulente às forças divinas e aos mistérios da Árvore da Vida da Cabala.
Dentre as 56 cartas dos Arcanos Menores encontram-se 16 Cartas da Corte, expressões arquetípicas das diferentes facetas da personalidade humana que podemos manifestar em variados estágios de maturidade e consciência. Elas refletem a experiência do cotidiano, onde as grandes forças espirituais se manifestam nos atos, pensamentos, emoções e decisões de cada dia. Além delas, há 40 cartas numeradas distribuídas em quatro naipes (Copas, Ouros, Espadas e Paus), cada uma com dez cartas que refletem situações, experiências e desafios do cotidiano sob a perspectiva simbólica dos elementos da natureza.
Em conjunto, a interação entre Arcanos Maiores e Menores revela o entrelaçamento do macrocosmo e do microcosmo — a jornada da alma refletida em cada gesto humano, unindo introspecção espiritual e experiência terrena.
O Tarô como espelho da Alma
O Tarô é frequentemente cercado por equívocos. Muitos pensam que ele serve apenas para prever o futuro, mas essa visão é limitada. Mais do que previsão, o Tarô é um caminho para a compreensão profunda da vida e de si mesmo. Ele é uma ferramenta de divinação — não no sentido de adivinhar, mas de desvendar os mistérios do momento presente e trazer luz a questões interiores.
A divinação consiste em buscar insights e orientações por meio de práticas simbólicas. O Tarô funciona como um espelho que reflete etapas da jornada da alma e nos ajuda a enxergar o invisível, conectando nosso consciente à intuição e à sabedoria espiritual.
O Tarô, portanto, ultrapassa a função oracular. Ele é um instrumento iniciático e reflexivo, um espelho da alma que projeta a luz dos arquétipos sobre nossa própria jornada interior. Nesse encontro entre o símbolo e a consciência, o consulente desperta para a sabedoria divina que sempre esteve latente dentro de si.
O uso do Tarô para o autoconhecimento
O termo Arcano provém da ideia de “segredo”. Assim, dentro do Tarô existem os Arcanos Maiores e Menores — os grandes e pequenos mistérios da vida. Cada carta é um reflexo da alma e aponta para o estágio em que cada pessoa se encontra em seu processo de autoconhecimento e desenvolvimento espiritual.
Cada carta emite uma energia singular e traz consigo uma vasta simbologia. Isso acontece, por que ao abrir as cartas, acessamos uma linguagem simbólica primordial, enraizada no inconsciente coletivo descrito por Jung — o vasto reservatório de arquétipos e imagens universais que moldam a experiência humana. Cada carta reflete um fragmento desse campo simbólico comum, permitindo que a mente consciente dialogue com as forças mais sutis da psique. Assim sendo, ao contemplar o Tarô, você se conecta com seu inconsciente e amplia sua percepção, permitindo que a linguagem dos símbolos inspire novas compreensões e transforme sua visão sobre o mundo.
Se ao realizar uma leitura, surgir uma carta inesperada — um símbolo que foge da lógica imediata da pregunta, este pode ser um convite para mergulhar no significado profundo da carta. Observe todos os detalhes: figuras, cores, expressões. Pergunte-se: “O que esta carta expressa de novo sobre minha situação?” Muitas vezes, é nesse momento que encontramos revelações ou respostas surpreendentes.